No âmbito do V Centenário do nascimento do poeta Luís Vaz de Camões, o GPP, em parceria com a Universidade de Coimbra , associou-se a estas comemorações com a mostra sobre “As Plantas na obra poética de Luis Vaz de Camões“.
A exposição, com início a 1 de agosto , permanecerá patente ao publico até 30 de setembro e pode ser visitada de segunda sexta-feira , entre as 10hs e as 17hs, no Salão Nobre das instalações do MAgriM, sito nas instalações do Terreiro do Paço.
1 de agosto a 30 de setembro
Com o objetivo de assinalar as Comemorações do V Centenário do nascimento do poeta Luis Vaz de Camões, o Gabinete de Planeamento e Politicas e Administração Geral, em colaboração com o Departamento das Ciências da Vida (DCV) da Universidade De Coimbra organizou a exposição As Plantas na Poesia de Luís Vaz de Camões .
A exposição é composta por doze poemas do autor a partir de aguarelas de Ursula Beau (1906-1984) pertencentes à sociedade broteriana.
Ana Margarida Dias da Silva, investigadora do Centro de História da Sociedade e da Cultura (CHSC) e do DCV, Maria Teresa Gonçalves, investigadora do Centre for Functional Ecology (CFE), DCV e SB e Prof Dr. Jorge Paiva são os responsáveis pela execução da mostra que cruza dois trabalhos - as aguarelas de Ursula Beau e o mais recente projeto do botânico de Jorge Paiva - que unem a botânica e a literatura.
São representadas espécies da flora espontânea de Portugal, identificadas com o nome vulgar e o nome científico, que é mencionado no texto. Ao lado de cada aguarela lêem-se excertos d' Os Lusíadas.
Segundo Maria Teresa Gonçalves, presidente da direção da Sociedade Broteriana "A obra de Camões tem sido muito estudada, associamos geralmente os estudiosos desta obra a pessoas da área das humanidades, mas há de facto também esta ligação com as ciências naturais e, nomeadamente, com a botânica".
As aguarelas de Ursula Beau (1906-1984), natural da Alemanha, representam "espécies da flora autóctone portuguesa", trabalho que desenvolveu no período em que viveu em Portugal. A obra de Beau foi adquirida pela Sociedade Broteriana que desde logo colaborou com a ideia do professor Jorge Paiva e cedeu as aguarelas.
De acordo com o especialista Jorge Paiva, DCV/FCTUC, “as plantas mais conhecidas e citadas na literatura não eram as plantas comestíveis ou ornamentais, mas sim as plantas medicinais”. “Os Lusíadas” foram escritos, quase na totalidade, no Oriente e centram-se nos Descobrimentos, logo, as plantas asiáticas, particularmente as medicinais e as especiarias, surgem em maior destaque.
Além das plantas, a obra de Luís Vaz de Camões é rica em especiarias e, por isso, a exposição exibe também os principais condimentos que chegaram a Portugal na era dos Descobrimentos ainda que sem ilustração .
Esta mostra, está patente ao publico nas instalações do GPP /MAgriM / Terreiro do Paço , entre 1 de Agosto e 30 de Setembro.
Informação adicional:
SCUC 2025 - As Plantas na Poesia de Luís Vaz de Camões
https://www.luisdecamoes.pt/2025/03/exposicao-as-plantas-na-obra-poetica-de.html