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O coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus) é uma espécie basilar nos ecossistemas Mediterrânicos, sendo presa fundamental da maior parte dos predadores que ocorrem na Península Ibérica. É também uma das principais espécies cinegéticas no quadro venatório nacional e Ibérico, com relevante impacto nos sistemas sócio-económicos subjacentes à atividade cinegética.

A Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos (DHV) afeta o coelho doméstico e o coelho-bravo, tendo sido identificada pela primeira vez em Portugal, no arquipélago da Madeira, em 1987. Nos anos seguintes, o vírus da DHV (RHDV) foi detetado no arquipélago dos Açores e no Continente, e devido à elevada transmissibilidade e resistência no meio ambiente, tornou-se endémico nalgumas áreas. Em 2010, a emergência de um novo genótipo, designado RHDV2, perturbou o frágil equilíbrio existente entre as populações de coelhos selvagens e as estirpes clássicas de RHDV, tendo-se disseminado rapidamente nos países da Europa Ocidental, substituindo os genótipos clássicos anteriormente em circulação, e evidenciando a excelente capacidade do RHDV2 de contornar a imunidade natural das populações conferida pelo contacto com as estirpes clássicas. Enquanto as formas clássicas da DHV afetavam essencialmente indivíduos adultos, o RHDV2 veio também causar elevada mortalidade nos coelhos juvenis, limitando de forma importante o recrutamento de novos indivíduos para as populações.

A ocorrência de epizootias sazonais, com elevadas taxas de mortalidade, tem regulado de forma significativa o tamanho das populações naturais de coelho-bravo, as quais têm sido sujeitas a recorrentes episódios de declínio, com a ocorrência de extinções locais.

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Na sequência do Despacho nº 4757/2017, de 31 de Maio, do Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR), foi criado um Grupo de Trabalho (GT), com o objetivo de desenvolver uma estratégia e medidas de controlo da Doença Hemorrágica Viral dos Coelhos (DHV).

O GT, designado +Coelho, é constituído por representantes de organizações governamentais e privadas, incluindo o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I. P. (INIAV, I. P.), que coordena, e as Organizações do Setor da Caça (OSC), entre outras entidades.
Neste âmbito, foi elaborada uma proposta de Plano de Ação para Controlo da Doença Hemorrágica Viral dos coelhos que define estratégias de investigação e ações prioritárias específicas e que tem como objetivos finais inverter o processo de declínio continuado das populações de coelho-bravo, o qual resulta da emergência e circulação da nova variante do vírus da doença hemorrágica viral dos coelhos (doravante designada RHDV2), e repor o equilíbrio ecológico desejável.

NOTÍCIAS MAIS COELHO

O Plano de Ação, homologado pelo Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, inclui quatro objetivos gerais e é constituído por três eixos de intervenção definidos por Despacho, visando tirar partido do conhecimento científico acumulado, bem como da estratégia reprodutiva eficaz da espécie, para a reposição do crescimento populacional do coelho-bravo em território nacional.
O GT entendeu ser necessário criar um quarto eixo de intervenção, relativo à comunicação e divulgação do conhecimento gerado.

Objetivos gerais

Objetivos gerais
Poster de Plano de Ação para o controlo da RHDV2

Eixos de intervenção

Eixos de intervenção

No âmbito do Plano de Ação foi constituída uma rede de epidemiovigilância e rede de recolha de material biológico de coelho e lebre. No sentido de se aproveitar a época venatória para a operacionalização destas redes, decorreu no dia 6 de Setembro de 2017 uma Ação de Formação dirigida aos técnicos das Organizações do Setor da Caça.

Considerando que no âmbito deste plano é necessário dispor de um elevado número de amostras para análises laboratoriais, conta-se, por um lado, com o envolvimento das Organizações do Sector da Caça (OSC), dos(as) caçadores(as) e entidades gestoras das zonas de caça, e, por outro, com o ICNF, no estabelecimento de uma rede de recolha de material biológico e envio para os laboratórios do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. (INIAV).

Visando esclarecer o procedimento de recolha de cadáveres encontrados no campo (durante todo o ano) e a colheita de material biológico nas zonas de caça a amostrar, estão disponíveis os seguintes documentos:

Manual de Boas Práticas do Coelho-bravo e da Lebre

RECUPERAÇÃO DO COELHO-BRAVO (Oryctolagus cuniculus) E DA LEBRE (Lepus granatensis)

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS SANITÁRIAS

O presente Manual tem como objetivo reunir informação tem como objetivo reunir informação simples e sistematizada sobre as medidas sanitárias recomendadas para a prevenção, redução da disseminação e controlo dos principais agentes patogénicos que afetam os leporídeos em Portugal, com enfâse para o coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus).

 

Alimento composto para Coelho-Bravo

No decurso de parceria estabelecida entre cinco associados da IACA (Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais) e o Grupo de Trabalho +Coelho, foi produzido o Alimento Composto para Coelho-Bravo (Ração +Coelho), a ser brevemente testado no âmbito do Projeto +Coelho e sobre o qual se disponibiliza folheto informativo.

Encontram-se a ser preparados outros materiais técnicos, com aplicação prática ao terreno, e que serão pulgados de forma regular neste site.

Alimento composto para Coelho-Bravo